terça-feira, 2 de julho de 2013

As borboletas...


Queria fazer mais uma tatuagem, pra fazer companhia para meu calango solitário,  um que tenho tatuado no quadril, e com essa história de querer outra tattoo, ando reparando as tatuagens de todo mundo que vejo pelas ruas.

 Hoje uma me chamou atenção, não por ser bela, mas por ser estranha, eram borboletas pequenininhas, e estavam tatuadas atrás da orelha da moça,  sabe quando a gente olha, e não entende o que vê e volta a olhar mais uma vez? Então, foi isso, olhei e a principio achei que era uma cicatriz, mas depois pensei, como assim uma cicatriz azul? deve ser alguma sujeira, mas aí voltei a olhar, e vi que era uma tattoo, pequenas borboletinhas, tão emboladas, que pareciam uma sujeirinha, fiquei encarando, até ficar sem graça, porque, claro a moça percebeu, e me olhou, eu muito sem graça, olhei adiante, como se tivesse tentando um ler um cartaz atrás da sua cabeça.

Atravessei a rua e fui pensando na tatuagem,  outro dia um amigo disse que acha que a tatuagem da pessoa tinha que ter um significado na vida desta pessoa, não era só tatuando um troço e pronto, e no dia pensei, a minha não significa nada, ou melhor significa um calango subindo no meu quadril, e só isso, mas agora quando estava escrevendo e pensando no que significaria aquelas borboletas, que mais pareciam sujeira, acabei por me deparar com o significado do meu calango, no momento em que o tatuei, queria coisas permanentes na minha vida, e nada naquele momento, poderia ser mais permanente do que uma tatuagem, eu sei que hoje já tem os tratamentos a laser, que podem remove-las, mas quando olho para o meu calango, eu penso nele como sendo permanente na vida, como se nada pudesse remove-lo.

E talvez seja esse o motivo pelo qual ainda não sei o que tatuar, ou onde tatuar, toda vez que penso numa tatuagem nova, acabo pensando em fazer um calango novo, subindo no meu quadril.

domingo, 23 de junho de 2013

De repente 30!

Então, como eu disse em  30 anos?, três anos voam, e dois já se passaram, estou ainda mais perto dos tão falados 30 anos, daqui a mais ou menos um mês completo 29 anos, mas a crise que já dava seus primeiros sussurros aos 27 anos, agora grita ensandecida.

Conheci, e conheço pessoas que passaram pelos 30 e nunca tiveram uma crise sequer, e foi pensando nestas pessoas, que eu quis entender, sobre o porquê de eu estar em crise,  afinal o que me faria tão diferente dessas pessoas,  e depois de muito pensar, entendi minha diferença, a diferença é que aos 30 anos, ou até antes mesmo, os desejos e vontades dessas pessoas já tinham se concretizado, ou se ainda não tinha, estavam no caminho para tal, mas eu não, sinto que meu caminho ainda é bem longo e que ainda nem estou na metade.

Sinto como se estivesse estagnada, a sensação de que os anos estão passando e eu parada no mesmo lugar, hoje me dei conta de que já tinha mais de um ano que não escrevia aqui, e quando paro pra pensar nesse um ano que se passou, vejo que estou fazendo exatamente as mesmas coisas,  trabalho no mesmo lugar, namoro o mesmo cara, e tenho os mesmos amigos (com exceção de um, mas não é assunto para agora, ainda estou digerindo a perda, e eu não quero falar sobre isso)

Quando penso em mim com 15 anos de idade, ou até mesmo com 20 anos, não era aqui que eu estaria nesse momento, não viveria nesta cidade e nem nesta casa (não que eu seja infeliz aqui, muito pelo contrario, tenho sido tão feliz, como nunca imaginei que poderia ser num lugar), teria uma carreira, quem sabe já um marido e não um namorado, já teria tido filhos.

Quando pensava em 30 anos, pensava numa vida completa, pensava que estaria  madura e adulta, mas não estou, e não acredito que estarei em um ano, só queria pedir desculpas à aquelas meninas do passado, bem garotas eu tentei, mas não deu, deviam ter pensado num plano B.